Termina neste fim de semana o Festival de Inverno com premiação

5O Festival de Inverno de Campos do Jordão chega ao seu último fim de semana em clima de festa. A Orquestra Acadêmica, formada por alunos do festival, sobe hoje ao palco do Auditório Cláudio Santoro dois dias após sua antecessora - o grupo formado com os alunos do ano passado - receber no Rio o Prêmio TIM de melhor disco erudito.

por: Redação ( 18 anos atrás - sexta-feira dia 28 de julho de 2006 ) - Atualizado: 28/07/2006 16:09
Tempo de Leitura: 3 minutos

O Festival de Inverno de Campos do Jordão chega ao seu último fim de semana em clima de festa. A Orquestra Acadêmica, formada por alunos do festival, sobe hoje ao palco do Auditório Cláudio Santoro dois dias após sua antecessora – o grupo formado com os alunos do ano passado – receber no Rio o Prêmio TIM de melhor disco erudito. “A orquestra deste ano tem apenas 40% dos alunos do ano passado. Esta renovação é fundamental, está na base do próprio conceito da orquestra. Mas o prêmio é extremamente importante também para os novos alunos. Eles se sentem valorizados, entendem como é válida a oportunidade que estão tendo aqui no festival”, diz o maestro Roberto Minczuk, que rege o grupo.

O disco da orquestra do ano passado, regida por Minczuk e Kurt Masur, tinha o Adágio de Barber, a Sinfonia nº 1 de Mahler, os Quadros de Uma Exposição de Mussorgsky e as Variações Sinfônicas de Almeida Prado. O deste ano terá a Sinfonia nº 4 de Tchaikovsky, O Pássaro de Fogo de Stravinski e a estréia mundial de Ritmetrias, do compositor Edino Krieger. Esses programas explicitam bem o conceito da orquestra – e, conseqüentemente, do festival. Minczuk explica que, apesar de apresentar concertos de estrelas da música mundial, o festival é, antes de tudo, um evento didático. A ênfase está na formação dos alunos que, no dia-a-dia, não apenas tem a oportunidade de estudar com grandes professores como também de se apresentar ao lado deles, se aperfeiçoando na música de câmara. Mas tocar em uma orquestra também exige especialização dos músicos – e vai ser fundamental na vida profissional da maioria deles. “No Brasil, há muito talento. O que faltam são grandes escolas. Campos tenta ocupar este espaço, dar formação e informação aos músicos. São raras as oportunidades que um jovem tem de tocar ao lado de mestres como Alex Klein, por exemplo, e tantos outros que estão aqui em Campos. Da mesma forma, é rara também a chance de se apresentar em uma orquestra e aprender na prática como ela funciona, conhecê-la por dentro”, explica Minczuk, que assina a direção artística de Campos além de estar à frente da Sinfônica Brasileira e da Filarmônica de Calgary, no Canadá.

O repertório dos concertos de câmara que são realizados com alunos e professores ao longo do mês respeita critérios como os temas do festival (este ano, a música russa, Mozart e Schumann) e o desempenho nas salas de aulas. Já a atividade orquestral segue outras regras específicas. Por um lado, coloca-se o aluno em contato com obras-chave do repertório – este ano, a Quarta Sinfonia de Tchaikovsky e O Pássaro de Fogo de Stravinski. Mas um aspecto importante é a tarefa que os alunos recebem de fazer a estréia mundial de uma peça escrita especialmente para eles pelo compositor residente do festival. “Conviver com um compositor durante o período em que se prepara a execução de uma de suas peças é uma experiência que todo músico deveria ter”, diz Minczuk. “No dia-a-dia de ensaios, nas alterações que o compositor faz, ali no palco, o aluno começa a entender como funciona a mente do autor, como se dá a criação da obra de arte. E isso interfere também na maneira como ele interpreta outros autores.”

Sobre Ritmetrias, Minczuk adianta que é uma peça que explora bastante a sonoridade orquestral, trata com muito cuidado todos os naipes, as cordas, madeiras, metais, a percussão. “Ela tem também solos muito bonitos para harpa e clarinete, o que cria uma oposição interessante entre momentos grandiosos e outros quase camerísticos”, diz Minczuk. O último fim de semana do festival em Campos tem outras boas atrações. Amanhã à tarde, no Palácio Boa Vista, o Quarteto Borodin faz recital ao lado do pianista Jean-Louis Steuerman. Também amanhã, o encerramento oficial será feito pela Osesp, que estréia Alegres Trópicos, nova obra de Gilberto Mendes (Auditório Claudio Santoro, 21 h). E, no domingo, na Sala São Paulo, a Orquestra Acadêmica repete para o público de São Paulo a apresentação de hoje.

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