Sobre Campos do Jordão

Sobre Campos do Jordão

Devido ao seu agradável clima e excelente localização, Campos do Jordão é sem dúvida, um dos principais destinos turísticos de inverno do Brasil.

por: Alan Germano

Campos do Jordão, também conhecida como a Suíça Brasileira, título este recebido principalmente pelo seu clima frio e por suas belas construções em estilo europeu, é um dos 15 municípios do estado de São Paulo classificados como Estância Climática.

Devido ao seu agradável clima e excelente localização, Campos do Jordão é sem dúvida, um dos principais destinos turísticos de inverno do Brasil. A cidade fica à altitude de 1.628 metros, sendo portanto, o mais alto município brasileiro.

Pelo seu clima fresco e as belas paisagens, cercada pelas montanhas verdes da região serrana, atrai visitantes de todos os lugares e em todas as épocas do ano.

Conheça aqui um pouco mais Sobre Campos do Jordão, e encante-se com as maravilhas da cidade mais charmosa do país. Nesta sessão você poderá encontrar informações sobre:


A Cidade de Campos do Jordão

Campos do Jordão, maravilha da minha terra. Campos do Jordão, jóia do alto da serra

Visitar Campos do Jordão, é estar em contato com uma natureza exuberante e um clima reconhecido internacionalmente como um dos melhores do mundo.

Essas características, aliadas à sua localização privilegiada (entre as grandes capitais de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), garantem grande visitação à cidade, sendo o turismo responsável por 80% de sua economia.

Na alta temporada, a “Suíça Brasileira“, como é conhecida, chega a receber mais de um milhão de turistas.

A cidade possui excelente infra-estrutura para satisfazer os mais exigentes visitantes. São inúmeras opções de hospedagem, diversão, compras, gastronomia, lazer, eventos culturais e entretenimento que, somadas à tranqüilidade e segurança, contribuem decisivamente para uma estada perfeita.

Campos do Jordão, é para ser visitada o ano todo. De acordo com a estação, a cidade oferece desde um simples passeio a cavalo, em que o contato com a natureza é inevitável, às mais sofisticadas programações turísticas.

Por essa diversidade de atrativos com características próprias, ao longo dos anos a cidade ganhou “títulos” e “slogans” como “A Suíça Brasileira”, “A Cidade dos Festivais”, “O Melhor Clima do Mundo”, “Campos do Jordão, onde é sempre estação”, “Campos do Jordão, a 1700 metros das preocupações”, “Montanha Mágica”, entre outros. Sem dúvida alguma, estar em Campos do Jordão é desfrutar de um dos mais belos paraísos na terra.

Pinheiros, cascatas, flores e, acima de tudo, paz. O silêncio, quebrado apenas pelo canto dos pássaros é um convite à meditação. Aproveite os momentos relaxantes, esqueça o estresse e deixe sua imaginação voar… É o que a natureza e o clima de Campos do Jordão lhe proporcionam.

Um clima propício para se respirar emoções como na obra “As Quatro Estações” de Vivaldi.

Campos do Jordão nas Quatro Estações

No verão, sentimos o calor ameno do sol com seus raios filtrados pelos galhos dos plátanos, aquecendo e iluminando o chão coberto de pequenos ramos com folhas amarelecidas. As temperaturas durante o dia não ultrapassam os 30 graus, com direito à brisa suave e refrescante.

O outono, traz novas formas a essas árvores que também revelam tons mais avermelhados em suas folhas que começam a cair, anunciando a proximidade da estação maior.

O inverno, chega e as temperaturas abaixo de zero, predominam nas madrugadas, abrindo caminho para as manhãs brancas das geadas. O nascer do sol desmancha o gelo e a preguiça, nos convidando para os inúmeros passeios e atrações que a cidade oferece.

A primavera, é anunciada com o desabrochar das margaridas, crisineas, atalaias e hortênsias que chegam com as primeiras chuvas, dando novo colorido à nova estação. Em pouco tempo as árvores, antes secas, inauguram novas folhas e transformam o visual da cidade.


Dados Gerais de Campos do Jordão

Região de Vila Capivari – Centrinho Turístico de Campos do Jordão

Campos do Jordão (às vezes chamada por engano de Campos de Jordão), também conhecida como a Suíça Brasileira, é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se na Serra da Mantiqueira, a uma latitude 22º44’22” Sul e a uma longitude 45º35’29” Oeste, estando a uma altitude de 1.628 metros.

Sua população estimada em 2021 era de 52.713 habitantes, a cidade possui uma área total de 289,981 km².

Fundada em 29 de Abril de 1874, tem como principal atividade econômica o turismo, está a 167 km de São Paulo (cidade), 315 km do Rio de Janeiro (cidade) e a 500 km de Belo Horizonte. Teve seu clima classificado como o Melhor do Mundo no Congresso Climatológico de Paris em 1957.

Geografia

É o município com a sede administrativa mais elevada do país, atingindo 1.628 metros na sede do município, onde está localizada a prefeitura da cidade. Em alguns pontos ao arredores da cidade, a altitude pode variar para mais de 2 mil metros.

  • Área Territorial: 289,981 km²
  • Dens. Demográfica: 164,76 hab/km²
  • Altitude: 1.628m ( nível do mar )
  • Latitude: 24º 44′ 10” S
  • Longitude: 45º 34′ 34” O
  • Dist. Capital(SP): 167 Km
  • Localização: Serra da Mantiqueira
  • População (2021): 52.713 habitantes
  • IDH-M: 0,749
  • Receitas Realizadas (2017): R$ 196.829,84 (×1000)
  • Despesas Empenhadas (2017): R$ 180.378,79 (×1000)  
  • PIB per capita (2020): R$ 24.355,76
  • Data de Fundação: 29 de Abril de 1874
  • Data Elevação a Município: 13 de junho de 1945
  • Gentílico: Jordanense
  • Frota de Veículos: 38.482
  • DDD: (012)
  • CEP: 12.460-000

Símbolos Municipais

Conheça os símbolos municipais da nossa cidade. A Bandeira do Município foi hasteada, pela primeira vez, em 29 de abril de 1969 e o Brasão de Campos do Jordão foi criado pela Lei Municipal nº 251, de 1º de janeiro de 1959.

Bandeira de Campos do Jordão

Bandeira de Campos do Jordão

Consoante a orientação do heraldista Arcinoé Antonio Peixoto de Faria, autor da Bandeira do Município e à luz do texto da lei Municipal n.º 793, de 2 de maio de 1960, o pavilhão é oitavado, sendo as oitavas de verde constituídas por faixas brancas, carregadas de sobre-faixas vermelhas, dispostas duas a duas no sentido horizontal, vertical, em banda e em barra, e que partem de um retângulo branco central, onde o Brasão Municipal é aplicado.

O estilo da Bandeira Obedece à tradição da heráldica portuguesa, da qual herdamos os cânones e as regras, com direito à opção pelos estilos oitavado, sextavado, esquartelado em cruz, e em sautor e terciado, sendo destes adotado o estilo oitavado.

O Brasão ao centro da Bandeira Simboliza o Governo Municipal, e o retângulo onde é aplicado, representa a própria cidade – sede do município.

As cores da Bandeira de Campos do Jordão, ainda de conformidade com a tradição da heráldica portuguesa, devem ser as mesmas constantes do campo do escudo do Brasão.

O verde simboliza, em heráldica, a honra, cortesia, civilidade, alegria, abundância; é a cor da esperança e a esperança é verde porque alude aos campos verdejantes na primavera, fazendo esperar copiosa colheita.

O branco simboliza a paz, trabalho, amizade, prosperidade e pureza.

O vermelho simboliza o amor pátrio, dedicação, audácia, desprendimento, valor, intrepidez, coragem e valentia.

A Bandeira do Município tem as dimensões oficiais adotadas para a Bandeira Nacional, levando-se em consideração 14 módulos de altura de tralha por 20 módulos de comprimento de retângulo; a distância do retângulo para os bordos da bandeira é de 4 módulos.

A Bandeira de Campos do Jordão foi hasteada, pela primeira vez, em 29 de abril de 1969, na Praça da Bandeira. O exemplar foi mandado confeccionar pelo Lions Clube de Campos do Jordão.

Brasão de Campos do Jordão

O Brasão de Campos do Jordão

Escudo arredondado português, que, como as próprias leis, herdamos do povo lusitano. Campo de prata, em ponta um mantel vermelho e nascentes sobre o mantel, três pinheiros em verde. O campo de prata simboliza a pureza do clima.

A prata é o símbolo, por excelência, da pureza e da benignidade que faz de Campos do Jordão um dos lugares mais famosos em todo o país.

O mantel vermelho representa a elevação altimétrica do Município – das mais altas de todo o País; a sua cor significa a riqueza do solo e a luta cotidiana de seus filhos pelo progresso cada vez mais alevantado do Município.

Os três pinheiros representam a característica da flora dominante do Município, além de ser a araucária brasilienses uma das mais belas árvores da flora universal.

A coroa, assente sobre o escudo, é a característica coroa mural de Município, com os seus poderes constituídos.

O listel posto abaixo do escudo é de prata, com os dizeres: “Campos do Jordão”, tendo aos lados as datas de 1874 e 1934. Aquela evoca o ano da fundação do povoado, e esta, a de sua elevação a Municípío.

Brasão de Campos do Jordão foi criado pela Lei Municipal nº 251, de 1º de janeiro de 1959, sendo de autoria do heraldista Salvador Thaumaturgo. Os três pinheiros coincidem com a motivação da lenda de Ignácio Caetano Vieira de Carvalho. Além do Brasão, o pinheiro Araucária foi declarado Árvore-Símbolo de Campos do Jordão, nos termos da Lei Municipal de 1.264, de 15 de julho de 1981.


Como Chegar a Campos do Jordão

Encravada no ponto mais alto da Serra da Mantiqueira, chegar em Campos do Jordão é relativamente simples, o principal acesso se dá pela Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123). Viajar até Campos do Jordão é como embarcar em uma jornada repleta de curvas suaves, que revelam um cenário encantador no coração do estado de São Paulo, Brasil. Prepare-se para uma viagem repleta de descobertas e paisagens que parecem pinturas vivas.

Com estradas bem sinalizadas e cuidadas, o trajeto é sem dúvidas um dos melhores do estado, com cenários exuberantes de tirar o fôlego, com localização privilegiada, a cidade está próxima das principais capitais brasileiras: São Paulo (167km), Rio de Janeiro (305km) e Belo Horizonte (500km).

🚗 Saiba Mais Como Chegar


História de Campos do Jordão

por Dr. Pedro Paulo Filho ( in memorian )

Vila Abernéssia em Campos do Jordão – Anos 1940

Ciclo do Ouro (1703 – 1874)

Gaspar Vaz da Cunha – O Primeiro homem branco a pisar nas terras

Foi a fantástica perseguição ao ouro, que em 1703 levou o sertanista (bandeirante), Gaspar Vaz da Cunha, o “Oyaguara”, a romper as matas virgens da Mantiqueira, vindo do Vale do Paraíba, através de picadas coleantes e escarpadas, em direção às minas auríferas de Itajiba (atual cidade Itajubá).

Ficou encantado com a exótica e exuberante paisagem da região do Sapucaí e não sabia que estava desbravando os caminhos que, mais tarde, levariam ao paraíso na terra, ornado de opulenta vegetação, solo fértil, clima excepcional e água salubérrima.

Estátua em homenagem ao Bandeirante Gaspar Vaz da Cunha em Vila Abernéssia

Inácio Caetano Vieira de Carvalho – O Primeiro Morador

Por volta de 1771, a coragem épica de Inácio Caetano Vieira de Carvalho, seguindo as pegadas do Oyaguara, subiu os degraus da Serra Preta, na Mantiqueira, em direção ao Pico do Itapeva, vindo de Taubaté, fixando-se com sua família durante 18 anos nos Campos da Mantiqueira.

Fundou a Fazenda Bom Sucesso, requereu e obteve carta de sesmaria do Governador da Capitania de São Paulo e lutou bravamente para defender as divisas de São Paulo contra seu vizinho sesmeiro, João da Costa Manso, da Fazenda São Pedro, das bandas de Minas Gerais. Graças à sua luta, Campos do Jordão permaneceu paulista e Inácio Caetano Vieira de Carvalho levou para o túmulo a glória de ter sido o pioneiro desta, hoje, maravilhosa Estância.

Narra a lenda que Inácio Caetano era muito sovina e que, por isso, enterrara barricas de ouro em uma lomba larga entre três pinheiros, despertando a cobiça de muitos ao longo de gerações que, até hoje, sulcam a terra em busca do lendário tesouro do desbravador. Com a sua morte em 1823, seus herdeiros hipotecaram a sesmaria ao Brigadeiro Manuel Rodrigues Jordão, que, mais tarde, adquiriu-a nas imediações do dia de Natal, pelo que o povo passou a chamar as terras de Fazenda Natal e, logo em seguida, de Campos do Jordão. Aí a origem do nome.

Membro do Governo Provisório e diretor do Tesouro da Capitania de São Paulo, o Brigadeiro Jordão era cidadão ilustre, grande proprietário de fazendas e figurou ao lado de D. Pedro quando do Grito do Ipiranga, no famoso quadro de Pedro Américo. Infelizmente, não chegou a conhecer as terras às quais emprestou o nome. Os herdeiros de Brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão retalharam as terras, vendendo às porções, para diversos proprietários.

Ciclo da Cura (1874 – 1940)

Foi em 29 de abril de 1874 que, um deles, morador de Pindamonhangaba, o português Matheus da Costa Pinto, subiu a Serra e, comprando terras à beira do rio Imbiri, lá instalou uma vendinha, montou uma pensão para respirantes e pouso dos forasteiros, levantou uma capela em honra de São Matheus e edificou a escola.

Estava fundada a Vila de São Matheus do Imbiri, histórica precursora “mater” de Campos do Jordão.

Lançada a boa semente em solo fértil, logo o povoado progrediu e veio a transformar-se na Vila Velha, denominada, mais tarde, Vila Jaguaribe, graças aos esforços encetados pelo seu desenvolvimento e progresso, por parte do Dr. Domingos José Nogueira Jaguaribe Filho, seu morador.

Outras vilas foram surgindo: a Vila Abernéssia foi fundada pelo escocês Robert John Reid, o agrimensor da divisão judicial da Fazenda Natal.

Fundadores das Vilas: Jaguaribe, Abernéssia e Capivari – Imagens Edmundo Rocha – Campos do Jordão Cultura

Como ele nascera em Aberdeen, e seu pai em Inverness na Escócia, retirou Aber da primeira cidade, ness da segunda e ia de Escócia, formando com elas a denominação de sua Chácara Abernéssia, que veio a transformar-se em Vila, em 1919; Vila Capivari foi fundada pelos médicos higienistas Emílio Marcondes Ribas e Victor Godinho, que ali projetaram Vila Sanitária em 1911.

O projeto não foi levado à frente, porém, em 1922, o Embaixador José Carlos de Macedo Soares comprou as referidas terras e fundou a Companhia de Melhoramentos Capivari, responsável pela edificação da aristocrática e bela vila.

Foram, igualmente, Emílio Ribas e Victor Godinho que, através do empreiteiro português Sebastião de Oliveira Damas, iniciaram a construção da E. F. Campos do Jordão, unindo o Vale do Paraíba a Campos do Jordão.

Por falta de recursos, os serviços foram paralisados; o Presidente do Estado, Francisco de Paula Rodrigues Alves encampou a Ferrovia em 1915, concluindo os trabalhos e entregando-a ao tráfego.

A criação do Município de Campos do Jordão operou-se em 16 de junho de 1934, ocasião em que se desligou de São Bento do Sapucaí e, em 30 de novembro de 1944, foi criada a sua Comarca. Detém área de 269 quilômetros quadrados e está situada em clima tropical de montanha.

Ciclo do Turismo (1940 – 1980)

Primeiro teleférico do Brasil – um grande símbolo do desenvolvimento turístico de Campos do Jordão

Campos do Jordão localiza-se a 1.700 metros de altitude e pesquisas científicas acusaram a superioridade de seu clima em relação a Davos Platz, nos Alpes Suiços, bem como um teor de oxigenação e ozona superior ao de Chamonix, famosa estância francesa, pela pureza do ar. Campos do Jordão apresenta vantagem sobre as demais estâncias climáticas brasileiras: o seu clima tropical de montanha faz com que o sol esteja presente praticamente o ano todo. A luminosidade costuma atingir o seu grau máximo no inverno, quando então a temperatura chega a 5 graus negativos, embora já tenha atingido, no passado, a 18 graus abaixo de 0, em 1992.

Pesquisas realizadas de 1961 a 1974 sobre as variações climáticas acusam o mês mais frio em junho, e o mais quente, o de fevereiro (média de 17º a 27º C). O mês de janeiro é o mais chuvoso, o de junho o mais seco, e o de agosto é aquele em que o sol se apresenta em sua maior intensidade. Outros dados sobre a temperatura: temperatura abaixo de 9º C, 14 dias por ano; acima de 25º C, 25 dias por ano; ocorrência de nevoeiro, 49 dias por ano; de orvalho, 113 dias e ocorrência de geada, 42 dias por ano.

Saúde e beleza o ano inteiro. Campos do Jordão tem uma topografia bastante acidentada: cerca de 85% de seu Municipio é composto de regiões onduladas, 10% de encostas de serra e apenas 5% de áreas escarpadas. A cidade está localizada em um vale; a parte plana não ultrapassa 500 metros de largura onde se alinham os seus três núcleos principais: Vila Abernéssia, Vila Jaguaribe e Vila Capivari. Vila Abernéssia é o centro comercial e administrativo da Estância, Vila Jaguaribe tem uma parte turística e outra residencial e Capivari é a vila turística, por excelência.

É nela e em seus arredores que se concentram os melhores hotéis e restaurantes, confeitarias e shoppings, além de luxuosas residéncias que lembram chalés suiços e palacetes imponentes, de estilo normando. A Estancia é dotada de parque hoteleiro de categoria internacional.

Localizada entre São Paulo, Rio e Minas Gerais, Campos do Jordão é alcançada por três vias principais de acesso, sendo 2 rodoviárias e 1 ferroviária. De São Paulo e Rio, por exemplo, o acesso pode ser feito através das rodovias SP-123 e SP-50, ambas partindo da Via Dutra.

A SP-50 tem início em São José dos Campos e apresenta mais de 800 curvas para um percurso inferior a 100 quilômetros. Outros acessos rodoviários há, porém de importância secundária. Por último, temos o acesso ferroviário que liga Pindamonhangaba a Campos do Jordão através da Serra, onde se encontra a Parada Cacique, o ponto ferroviário mais alto do Brasil.

A E. F. Campos do Jordão é a única ferrovia brasileira que funciona por sistema de simples aderência, sem cremalheiras.

Cantada como a Suiça Brasileira pelo seu clima inigualável, e reverenciada como o Altar da Solidariedade Humana pela cura de milhares de brasileiros que, recuperados de doenças pulmonares, retornaram sadios aos seus lares, em todos os quadrantes do País, Campos do Jordao tornou-se a mais importante estância climática do Brasil.

Além de sua famosa malharia – conhecida no mundo todo -, o seu chocolate caseiro, seus doces e compotas, até mesmo as resinas de seus vastos e magestosos pinheirais são industrializadas e suas águas minerais, captadas através dos mais elevados padrões de técnica e higiene, correm das fontes mais puras do planeta. A sua maior matéria-prima, porém, é aquela que exporta, generosamente, sem retorno de divisas: a saúde.

Os cortes olímpicos e verdes de sua silhueta serrana, ao amanhecer do dia e ao por do sol, já motivou os cânticos dos homens e dos deuses, entoando hinos à beleza e à fraternidade. Pela Estância de Campos do Jordão passaram escritores como Monteiro Lobato, Paulo Dantas, Maria de Lourdes Teixeira, Dinah Silveira de Queirós; poetas, como Ribeiro Couto, Guilherme de Almeida, Menotti Del Pichia; historiadores, como Caio Prado Júnior; juristas, como Miguel Reale e Alexandre Corrêa; artistas plásticos, como Brecheret, Lasar Segall, Felicia Lerner, Pancetti, Manabu Mabe e Camargo Freire, além de políticos, como Getúlio Vargas, João Figueredo, Ernesto Geisel, João Goulart, Adhemar de Barros, Carvalho Pinto, Jânio Quadros, Franco Montoro, Paulo Maluf, Laudo Natel, Abreu Sodré e tantos outros.

Jamais a cobiça do ouro, no passado, poderia sugerir a Oyaguara e a Inácio Caetano que a riqueza não estava nas Minas Gerais, mas se achava aqui mesmo, no Alto da Mantiqueira, a 1700m, acima das poluições, na abençoada e formosa Campos do Jordão. Por isso cisma o poeta em sua lira: Não sabiam os pobres viajantes que o tesouro, de ouro não era não! Nem de esmeraldas, nem de diamantes, o tesouro era Campos do Jordão.


Economia de Campos do Jordão

Turistas durante apresentação do Festival Internacional de Inverno em Campos do Jordão

O Turismo constitui a maior fonte de renda do Município. Sua privilegiada localização, a uma distância relativamente pequena de três grandes capitais – São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, garante-lhe uma freqüência apreciável de visitantes.

O turismo é também o maior responsável pelo desenvolvimento de Campos do Jordão em seus mais variados setores.

Por isso, uma das principais metas de governo municipal tem sido incentivar a criação de novos espaços e promover eventos que fortaleçam, ainda mais, a base da economia local.

Comércio

O comércio jordanense se desenvolveu à margem e ao longo dos trilhos da Estação Ferroviária de Campos do Jordão. A Vila Abernéssia deteve a hegemonia do comércio jordanense, arrebatada à Vila Jaguaribe, passando a localizar-se na antiga Vila Nova, não somente o pólo comercial, como também o centro cívico e o administrativo de Campos de Jordão.

Atualmente o principal centro turístico de Campos do Jordão é a Vila Capivari, que recebe anualmente em suas sofisticadas lojas a visita de milhões de turistas. A Vila Abernéssia continua sendo o local onde estão concentrados bancos, supermercados, lojas, escritórios, o mercado municipal, empresas de serviço público, hospitais, escolas, centros médicos e odontológicos.

Indústria

Basicamente, a indústria jordanense lastreia-se, no turismo, atividade diversificada, complexa e polivalente. É a indústria de paz, sem chaminés.

Anteriormente, o turismo era praticado, timidamente, dado que as vias de comunicação até então eram precárias. Na década dos anos 20, surge a indústria da construção civil, que adquire grande expressão econômica.

A indústria hoteleira é uma das melhores do país, decorrente do fluxo turístico e da demanda espantosa de veranistas e visitantes à Campos do Jordão, uns em busca de recreação, outros de repouso.

Hotel Vila Inglesa um dos ícones da hotelaria de Campos do Jordão

Com o desenvolvimento turístico de Campos do Jordão, iniciou-se o crescimento célebre de inúmeras e pequenas indústrias artesanais de “souvenirs” e lembranças para venda aos turistas, além da fabricação de excelentes doces e geléias em compotas, em escala industrial.

Com grande êxito e aceitação no mercado, a partir dos anos 70, iniciou-se a fabricação de chocolates, da mais alta qualidade. Outra indústria que adquiriu forças a partir dos anos 60, foi a de malharia, que encontrou grande mercado interno nos grandes centros, que por muitos anos absorveram grande parte da produção industrial.

Agricultura

Na paisagem rural, verifica-se que a principal atividade é a fruticultura e silvicultura, esta última ocupando 60% da área do município.

Os principais produtos de Campos do Jordão constituem-se de flores e folhagens, pêssegos, ameixas, nectarinas, castanhas, framboesas, amoras e hortaliças.

Pecuária

Verifica-se que parte do município abriga pastagens naturais e outras artificiais, embora existam também campos pobres e alguma floresta nativa, remanescente da Mata Atlântica.

O sistema é extensivo com gado solto, exigindo pouca assistência. Os rebanhos mais importantes são formados por bovinos, eqüinos, muares e suínos.

Truticultura

As duzentas mil trutas lançadas nos rios de Campos do Jordão em 1966, se reproduziram bem e são hoje uma atração para pescadores de todas as regiões.

A truta arco-íris conseguiu se adaptar bem aos rios jordanenses, tornando-se mais resistente e adaptada ao clima e as águas com menor teor de oxigênio (em comparação aos rios da América do Norte, de onde se origina). Em um ano, ela atinge 30cm de comprimento e 250g, e já pode ser pescada.

A truta nada com rapidez, sendo difícil a sua captura. Ela nunca volta a morder a isca no local do primeiro lance. Quando fisgada, briga muito.

Pioneiro na criação de trutas arco-íris no Brasil, Kyoshi Koike lançou o primeiro dos duzentos empreendimentos do gênero hoje existentes no pais: o pesqueiro Truta Azul. Nos três lagos formados para a pesca recreativa, a fartura do peixe garante o sucesso da pesca.

A Truticultura da Cachoeirinha fica a 12 km de Capivari. Em um belo sítio arborizado, um riacho corre por entre os tanques de criação. A pesca pode ser feita nos tanques, ou no próprio ribeirão, o que dá um toque todo especial ao difícil esporte de fisgar uma truta.

O Pesca na Montanha possui uma represa de 20.000 metros quadrados situada em meio a uma natureza exuberante. Ele utiliza o sistema “catch-and-release” e fornece todo o material necessário para a pesca, limpeza e acondicionamento dos peixes.


Clima de Campos do Jordão

Campos do Jordão, possui um dos melhores climas do mundo

O Clima de Campos do Jordão foi considerado por José Setzer, por volta de 1946, como mesotérmico médio, com verões brandos e sem estação seca.

Tudo começou no final do século 19, quando fazendeiros identificaram “propriedades terapêuticas” no clima de Campos na época, uma vila.

Da análise dos dados referentes às temperaturas no período de 1965 à 1974, pode-se afirmar que o clima de montanha de Campos do Jordão é do tipo tropical temperado, não apresentando nebulosidade úmida, ventos constantes ou chuvas excessivas.

O clima de altitude reúne um conjunto de condições particularmente favoráveis, representadas pela secura e pureza do ar, rarefação da atmosfera, favorecendo a ventilação pulmonar, intensidade de irradiação solar, mesmo no inverno, temperatura moderada no verão, condições essas que ativam as combustões internas, acoroçoam a hematopoise e aguçam as funções orgânicas: é um clima essencialmente, tônico, vivificante, qualidade esta apreciável, sobre tudo, nas estações invernosas, o que faz indicado na maior parte dos estados de enfraquecimento ou debilidade orgânica.

Em razão da grande redução da cobertura vegetal da região, sobretudo nas encostas entre Monteiro Lobato e Campos do Jordão, que, no passado, foram revestidas integralmente de matas, e que hoje, ao contrário, apresentam 9% de campos, operaram-se modificações no clima, no sentido correspondente, ou seja, para um clima mesotérmico com verões brandos e estação chuvosa no verão.

Este tipo de clima foi, pouco a pouco, ascendendo as encostas da Mantiqueira, culminando por imperar em toda a região. A alteração, nociva para a agricultura, no entanto revelou-se francamente benéfica nas áreas de tratamento de doenças pulmonares, onde se torna necessário o clima frio e seco.

Segundo Regnard, podemos classificar o clima de uma localidade, atenta à sua altitude, em uma das três zonas seguintes:

1. estações intermediárias – entre a montanha e a planície, abaixo de 1.200m.
2. estações de altitude – entre 1.200 a 1.800m.
3. estações altas – entre 1.800 a 2.000m.

Assim sendo, fica Campos do Jordão na classe das estações de altitude e em condições superiores a Les Avante (1.000m), Caux (1.100m), Leisin (1.450m), Davos (1.558m), Zermat (1.620m) e St. Moritz (1.769 m), com exceção desta última.

O clima de Campos do Jordão, comparado à região alpina de Davos Platz na Suíça, acusou supremacia nos graus de nebulosidade, nas taxas de insolação, oscilações térmicas e nos índices de precipitação pluviométrica.

A nebulosidade média em Davos Platz era de cerca de 6% mais elevada. No que tange aos dias claros, as pesquisas deram 52% de dias claros para Campos do Jordão, enquanto que em Davos Platz verificou-se apenas 41%.

As diferenças de temperaturas médias do mês mais quente para o mês mais frio, não foram além de 8ºC em Campos do Jordão, ao contrário daquela cidade Suíça, em que as diferenças chegaram a 20ºC.

O teor de oxigenação e ozônio de Campos do Jordão foi considerado superior ao de Chamonix, famosa estância francesa, pela pureza de seu ar, a 2.800 m de altitude.

No Congresso de Climatologia, realizado em Paris, em 1957, o clima de Campos do Jordão foi considerado o melhor do mundo.


O Solo de Campos do Jordão

Pedra do Baú localizada em São Bento do Sapucaí, vista de Campos do Jordão

O Planalto de Campos do Jordão está inserido na Região de Dobramentos Sudeste que inclui rochas geradas no Ciclo Brasiliano e, em parte, resultantes do retrabalhamento de rochas mais antigas. Gnaisses, granitos, biotita xistos, quartzitos, migmatitos e metassedimentos da Formação Pico de Itapeva representam os principais litotipos da área de estudo.

Subindo o Vale do Paraíba, o granito grosso nas encostas da serra, mostra-se em grandes lajedos, em dorsos lisos ou em blocos amontoados de tamanhos e formas pitorescos.

Na parte setentrional de Campos do Jordão, aparece superposto ao granito, um xisto micaceo muito fragmentado e com camadas verticais.

Ali, nas fraldas dos morros pelados, onde a vegetação arbórea não prospera, o quartzo branco em fragmentos angulosos e miúdos, cobre o solo em larga extensão.

Pendendo para o pequeno Vale dos Pilões, o granito aparece em extensas lombas, descobertas em dorso negro e liso; mais adiante, apresenta-se em escarpa aprumada, sob camadas de quartzito.

Para o Sul, ainda na margem do Planalto, o granito aflora, freqüentemente, e levanta cabeços redondos e pitorescos nas cabeceiras do Piagui.

A Pedra do Baú e os sucessivos contrafortes que dela fazem parte, separando os pequenos vales do Capivari, do Jaú, do Pirangussu, Vargem Grande e do Baú, são também de granito ou gnaisse granitóide, que aí formam os pontos mais elevados da região.

São frequentes as rochas ferruginosas como os conglomerados recentes, compostos de massas de minério de ferro, ligadas por um cimento de limonito, a que se dá o nome de canga.

As águas em geral são límpidas, leves, doces e salutíferas, havendo águas minerais. O município faz parte do complexo cristalino da Mantiqueira, sendo a região, paleontologicamente, pré-cambriana (arqueano); o solo é, em geral, muito calcinado e não são abundantes os minérios.

Em alguns lugares aparece o ferro, grafite, e também o ouro, que, antigamente, foi explorado nas margens dos córregos Alegre e do Sto. Antônio, que afluem para o Sapucaí.

Constituem seus recursos minerais as jazidas de dolomito, bauxita, granada, gnaisse, granito e caulim.

Duas unidades de paisagem, fisionomicamente heterogêneas, foram reconhecidas no Planalto de Campos do Jordão: o geossistema dos altos campos e o geossistema serrano.

Cada um desses geossistemas apresenta variações associadas principalmente a diferenças do substrato e ao grau de dissecação do relevo. No geossistema dos altos campos diferenciam-se três unidades: os campos do Jordão, do Serrano e de São Francisco.

A diminuição da atividade morfogenética e mudança nos processos de vertente é documentada pelas seqüências coluviais com paleossolos intercalados, que ocorrem principalmente no terço inferior das “lombas”, e pelos sedimentos das depressões da base dos anfiteatros.


Fauna, Rios e Lagos de Campos do Jordão

Fauna

As peculiaridades climáticas da região não autorizam a existência de uma fauna específica em Campos do Jordão.

No que tange à fauna aquática, apenas uma espécie merece referência, o pequeno lambari, e, por isso, o Instituto de Pesca desenvolveu um trabalho de pesquisa, que introduziu nos rios da região a “truta arco-íris”, procedente da América do Norte.

O pastoreio extensivo é uma prática comum e tem permitido a abertura de trilhas, formadas pelo gado, que favorecem a reprodução e locomoção de algumas populações como as das perdizes e codornas, que são dependentes de habitats com vegetação baixa e pouco densa.

As seguintes espécies podem ser encontradas nas matas:

Mamíferos: bugio, caitetu, cotia, coati, macaco-prego, mono, onça suçuarana, queixada, saá.

Aves: azulão, bicudo, bigodinho, bitro, caburé, canário fogo, caçaroba, cuiu, curió, gavião pato, gaviãozinho, jacú, jacú pequeno, juruva, macuco, melro assobiador, nhambú, chintam, nhambú guaçú, papagaio, pararú, pavão, pomba do ar, pichorolê, várias espécies de sabiás, saira, saracura, surucuá, tangará, tuim, uru, urutagua.

As seguintes espécies podem ser encontradas nos campos:

Mamíferos: maritaca, tatu-cavalo, tatu-mirim, veado catingueiro.

Aves: andorinha dos campos, chan-chan, codorna, coleirinha, coruja, coruja do campo, gavião perdiz, gaviãozinho, maria branca, maria preta, nhambu chororó, perdiz e siriema.

Fauna existente nos campos e nas florestas

Mamíferos: cachoro do mato, gambá, gato do mato pintado, gato do mato mourisco, irará, jaguatirica, lebre, mão pelada, ouriço, paca, preá, rato grande, ratos em geral e veado catingueiro.

Aves: andorinha pequena, azulão, beja-flor, beija-flor furtacor, beija-flor do rabo branco, bem-te-vi, bem-te-vi pequeno, borrajara, carancho, chopim, civi, coruja branca, coruja sumidora, curruíra, frango d’água, gralha, joão-de-barro, joão-bobo, juriti, juriti da mata virgem, nhaçanã, papagaio, pararu, pássaro preto, picanço, pinhé, pintassilgo, pitanga, picapauzinho, sabiá laranjeira, sabiá poca, sabiazinha, tesourinha, tico-tico, tiriva, tovaca pequena, tovaca uçu, tucano, tuim, urubu, urubu campeiro e viuvinha.

Abelhas e vespas: arapuá, exu fazendeiro, europa, guâmia, gurupu, mandaçaia, mandaguari, manduri, marimbondo, mosquito, mirim, estrelinha e jataí.

Ofídios: amarelinha da serapilheira, caninana, cascavel, cobra cega, coral, cotiara, jararaca, jarara-cucú, quebra-quebra e uruntu.

Fauna nos brejos

Mamíferos: ariranha, capivara, quaiquica, lontra, ratão do banhado e peivinha.

Aves: azulão, cuitela da beira d’água, martim pescador do grande, martim pescador do pequeno e saracura.

Fauna dos Rios

A única espécie dos rios é o pequeno lambari, estando já introduzida e perfeitamente aclimada a truta “arco-íris”, e, em introdução, a “steel headtrout”.

Entre a fauna migratória, podem-se observar as seguintes espécies:

Mamíferos: anta, bugio, cotia, mono, queixada e veado mateiro.

Aves: anu branco, anu preto, araçari, canário da terra, irerê, maritaca, pichocó e taperá ( Plano de Manejo do Parque Estadual de Campos do Jordão, Boletim Técnico n.º 19, Secretaria da Agricultura).

Rios

O rio mais importante de Campos do Jordão é o Capivari ( Ribeirão Capivari ), sendo considerado a vertente mais alta do rio da Prata ( cerca de 4/5 do Município está localizado na Bacia Paraná-Uruguai ), cuja nascentes localizam no bairro de Umuarama.

O rio Capivari vai recebendo, em seu curso, o rio Abernéssia, os ribeirões do Iimbiri e das Perdizes, os córregos do Guarani e do Homem Morto, depois do qual passa a denominar-se rio Sapucaí-Guaçú, e que, lá longe do Município, unindo-se ao rio das Mortes, vai formar o rio Grande.

O rio Sapucaí-Guaçú recebe, ainda dentro do Município, as águas dos ribeirões dos Marmelos, do Paiol, do Ferradura, da Serra, do Campo do Meio, da Guarda ou Gaiarada, de Casquilho, Serrote e do Coxim.

Na extremidade sudeste de Campos do Jordão, nas vertentes voltadas para o Vale do Paraíba, descem os ribeirões das Barradas, do Paiol Velho, dos Melos e do Lageado.

Onde Fica o Ribeirão Capivari?

Nascendo na altura da quadra esportiva do Dom Bosco, formado pelo Córrego Serraria (Santa Cruz) e Córrego Piracuama (Vila Albertina), típico curso d’água urbano, o Ribeirão Capivari, em Campos do Jordão (SP), atravessa todo o bairro de Abernéssia, Jaguaribe e termina na região do teleférico da EFCJ (Vila Capivari), onde juntando-se com o Ribeirão das Perdizes, que vem da Ducha de Prata, forma o rio Sapucaí Guaçu em direção ao Parque Estadual e depois em direção ao Estado de Minas Gerais.


Vegetação de Campos do Jordão

A vegetação de Campos do Jordão se distribui em dois grandes tipos: a vegetação de mata e a vegetação campestre. De um modo geral, ela se apresenta profundamente modificada pela influência do homem.

Do ponto de vista paisagístico, sobressai a presença das massas vegetais da floresta de Araucária-Podocarpus e de extensos reflorestamentos de coníferas.

O pinheiro é a árvore-símbolo de Campos do Jordão, não obstante, o ataque criminoso do homem.

O gênero Araucária, Juss., ensina Hoene, em “Araucarilândia”, abrange apenas 10 espécies de árvores, dispersadas em várias regiões da América e da Austrália.

O nosso pinheiro ( Araucária Brasiliana, Rich.) tem sua área de dispersão limitada ao sul do Brasil. No Chile, cresce a Araucária Imbricata, Pav;. que é conhecida por “pinheiros do Chile” e se caracteriza por ser mais robusta de aspecto, graças a suas folhas bastas e rijas. A terceira espécie é de Araucária Bidwilli, Hook, nativa da Austrália, de folhas mais estreitas que a nossa, porém, menos consistente, e nitidamente separadas em forma de uma pasta sobre os ramos.

Araucária – árvore símbolo de Campos do Jordão

A Araucária Excelsa, R.Br., conhecida vulgarmente como “pinheiro Nordfolk” tem os mesmos ramos exatamente verticulados, formando rodas de cinco raios, que decrescem, gradativamente, para o ápice. Outra é a Araucária Cunninghami, Sweet, natural da Austrália.

Ambas são cultivadas em Campos do Jordão e em várias partes do globo graças ao seu belo aspecto.

No que tange a flora, escreveu Mário Sampalo Ferras, em 1941, que muito interessantes foram as impressões colhidas, em Campos do Jordão, pelo eminente naturalista Hoene, em 1924, acerca de aspectos botânicos, “sui-generis” da região: Apesar de ser parca a espécie, ele classifica de rica a flora serrana de Campos do Jordão, tanto que dali trouxe para o seu notável herbário botânico, em São Paulo, 34 famílias diferentes, distribuídas entre as pináceas, licopodiáceas, liliáceas, eriocauláceas, etc… além de 46 espécies de orquídeas vivas.

Em 26 de junho de 1984 ( Lei Estadual Nº 4.105 ), a cidade de Campos do Jordão foi declarada com Área de Proteção Ambiental(APA).

Uma APA – Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.

A APA de Campos do Jordão, está localizada na Serra da Mantiqueira, fazendo parte de um conjunto de áreas protegidas pelo Estado e pelo Governo Federal para garantir a proteção de importantes ecossistemas da Mata Atlântica e os recursos hídricos, utilizados para abastecimento público de vários municípios paulistas e mineiros.

Essa região é caracterizada por uma cobertura vegetal de transição entre a Mata Atlântica e a Mata de Araucárias. A primeira apresenta em estágios sucessionais desde capoeiras até remanescentes de porte arbóreo denso, na segunda, por sua vez, a vegetação associada à altitude apresenta exemplares de pinheiro-do-paraná e pinheiro-bravo e campos de altitude.

Seu relevo, associado à altitude, à vegetação e principalmente ao clima da região, forma um conjunto de grande valor cênico e biológico. Em virtude de sua posição geográfica – localizada entre os dois maiores centros urbanos do país, São Paulo e Rio de Janeiro, a APA possui um grande potencial turístico e ecológico, que são as principais atividades econômicas da região. Campos do Jordão já pode ser considerado um pólo de lazer e de cultura, principalmente no inverno, quando é realizado o seu famoso Festival de Inverno.


Hino de Campos do Jordão

O Hino Campos do Jordão foi oficializado pela lei municipal nº 291, de 12 de novembro de 1959. Letra e a música autoria de João de Sá, e a harmonização Pr. Antônio Rodrigues Soares.

Execução do Hino, realizada pela Banda Municipal Sebastião Gomes leitão no aniversário de Campos do Jordão, regida pelo Maestro Rui Ósses.

Letra do Hino de Campos do Jordão

Campos do Jordão
Maravilha da minha terra
Campos do Jordão
Jóia do alto da serra
Campos do Jordão
Obra suprema do divino mestre
Que fez de ti um paraíso terrestre!

Entre as matas verdejantes
E os pinherais gigantes
Correm rios murmurantes
Sob o céu primaveril
És o meu rincão paulista
O encanto do turista
E o orgulho do Brasil!

Campos do Jordão
Maravilha da minha terra
Campos do Jordão
Jóia do alto da serra
Campos do Jordão
Obra suprema do divino mestre
Que fez de ti um paraíso terrestre!

Há no alvor da floradas
Poesias imortais
E no tempo das geadas
Lindas manhãs hibernais
Pois em ti a natureza
Reuniu tanta beleza
Que ninguém esquece mais!


Dicas de Viagem

Melhor época para visitar Campos do Jordão?

Campos do Jordão é uma cidade para se visitar o ano todo, o frio é o grande atrativo, e é na temporada de inverno que a cidade recebe o maior número de visitantes. Contudo, no verão e durante os finais de semana prolongados a procura também costuma ser grande.

Campos do Jordão possui um clima frio e seco, no inverno é comum os termômetros registrarem temperaturas negativas, no verão não faz tanto frio, e as médias oscilam entre 26° C durante o dia e 14° C à noite. A região está sempre sujeita a quedas bruscas de temperatura; portanto, previna-se e traga sempre roupas adequadas na bagagem.

Antes de viajar, consulte o nosso Boletim do Tempo, que mostra as condições meteorológicas para os próximos dias.

Temporada de Inverno

Além do movimento maior, os preços ficam sempre mais altos na temporada de inverno (período de abril a agosto). No verão, época de chuvas e calor, os preços caem bastante, e os hotéis e pousadas chegam a oferecer descontos de até 40% é a época ideal para quem quer visitar Campos do Jordão gastando menos.

Meios de Hospedagem

Apesar das muitas opções de hospedagem, você pode ter dificuldades para encontrar exatamente o que deseja se deixar para a última hora. Faça sua reserva com antecedência, especialmente na alta temporada e nos feriados prolongados.

A maioria dos estabelecimentos aceitam cartões de crédito. Em nossa seção de onde ficar em Campos do Jordão, você encontrará informações detalhadas sobre hotéis, pousadas, chalés e casas para alugar.

A bagagem ideal – O que levar na viagem

Antes de fazer as malas e não resistir ao impulso de colocar tudo que der na telha, aprenda algumas dicas que tornarão sua bagagem mais leve e fácil de carregar. Além de uma arrumação correta, que privilegie a melhor utilização de pequenos espaços, o segredo é levar apenas o que você realmente vai usar.

Dicas

  1.  Antes de começar a arrumação, pense nas peças que irá levar.
  2. Escolha as peças básicas e atente para que combinem umas com as outras.
  3. Acessórios também são fundamentais. Além de não ocupar muito espaço na mala, eles é que vão ajudar a variar o visual.
  4. Cores vivas em gravatas e lenços ajudam a mudar a cara da roupa.
  5. Leve uma sacola dobrável dentro da mala, geralmente as compras aumentam a bagagem na volta.
  6. Para eliminar problemas como vincos e marcas nas roupas, estenda a peça num cabide e aproveite o vapor do chuveiro para desamassá-la durante o banho.
  7. Não esqueça de reservar uma pequena bolsa com remédios para viagem.
  8. Muita atenção ao fazer sua mala para que consiga carregá-la sozinho.

Ao preparar sua bagagem, não subestime o frio de Campos do Jordão, especialmente no inverno: traga blusas, luvas, meias de lã, etc… e prepare-se, porque provavelmente você vai usar tudo isso!

Se você pretende caminhar nas montanhas, reserve um par de botas ou tênis para caminhadas, além de roupas apropriadas, um cantil e uma pequena mochila para levar a câmera e outras coisas pequenas também serão bastante úteis.

Para quem gosta de apreciar a natureza ou observar o céu à noite, um par de binóculos é uma boa pedida: durante o dia, paisagens e pássaros desfilam por toda a região; à noite, um céu completamente estrelado faz a alegria de qualquer astrônomo amador.