“Bom colesterol” mobiliza cardiologistas

Se o colesterol elevado está diretamente relacionado ao risco de eventos cardiovasculares, o papel do HDL ( também chamado de bom colesterol) na prevenção das doenças coronarianas começou a ganhar maior força entre médicos de todo o mundo. Durante o … Continua

por: Redação ( 20 anos atrás - quarta-feira dia 12 de maio de 2004 ) - Atualizado: 12/05/2004 00:00
Tempo de Leitura: 3 minutos

Se o colesterol elevado está diretamente relacionado ao risco de eventos cardiovasculares, o papel do HDL ( também chamado de bom colesterol) na prevenção das doenças coronarianas começou a ganhar maior força entre médicos de todo o mundo.
Durante o Congresso da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), que acontece esta semana, no Centro de Eventos Socesp (Av. Matheus da Costa Pinto, 2001) em Campos do Jordão, será realizado o Simpósio “HDL-c: o lípide esquecido”, dia 15, sábado, das 12h30 às 13h45.
O simpósio terá como moderadora a Dra. Tânia Martinez, diretora da Unidade Clínica de Lípides do Incor; e como palestrantes o dr. Raul Dias dos Santos, médico assistente da Unidade Clínica de Lípides do Incor, coordenador do Programa de Prevenção Cardiovascular do Hospital Israelita Albert Einstein e responsável pelo Comitê de Síndrome Metabólica da Fundação Interamericana do Coração; e o dr. Antônio Carlos Lerário, livre-docente do Serviço de Diabetes do Hospital das Clínicas e diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Segundo o dr. Raul, um dos aspectos mais interessantes a serem discutidos no encontro é o conceito que mostra que a prevenção dos eventos cardiovasculares deixa a desejar quando direcionada basicamente para o controle do LDL. “É preciso investir também no aumento dos níveis de HDL, pois essa lipoproteína tem uma função protetora para o coração. Os estudos já comprovaram que mesmo com o LDL controlado, o risco nos pacientes permanece alto quando o HDL está abaixo dos níveis recomendados”, explica.
Consenso entre os médicos de diversos países, o HDL tem seu papel de protetor do coração devidamente comprovado. Para cada 1% a menos nos níveis de  HDL há um aumento de 3% de risco de doença coronariana. O nível ideal do HDL é maior do que 40 mg/dl.

Os riscos da Aterosclerose

Para se compreender a função do HDL, é preciso entender como o colesterol atua no organismo. O colesterol é um tipo de gordura  produzida em sua maior parte pelo fígado ou absorvida pelo organismo através dos alimentos. Além de produzir o colesterol, o fígado é responsável por sua retirada no sangue e armazenamento.O colesterol participa dos processos metabólicos como defesa do organismo, sendo componente importante das células.
Distúrbios do metabolismo fazem com que a sobra do colesterol se acumule na  corrente sanguínea. Em excesso no sangue, o colesterol é responsável pela aterosclerose,  doença caracterizada pelo acúmulo de gordura na parede dos vasos sanguíneos (placas de ateroma), podendo levar à sua obstrução.

Os principais órgãos afetados pela Aterosclerose são:

Coração – doença arterial coronária (DAC) como angina de peito, infarto agudo do miocárdio e morte súbita.

  • Cérebro –  doença cerebrovascular (derrame)
  • Extremidades – doença vascular periférica
  • A aterosclerose é, sem dúvida, a principal causa de doenças arteriais coronarianas.

O bom e o mau colesterol

Neste processo de transportar o colesterol pela corrente sanguínea entram em ação as lipoproteínas: o LDL (mau colesterol) e o HDL (o bom colesterol).
Fazendo-se uma analogia simples, enquanto o LDL é o veículo que leva o colesterol produzido no fígado para a circulação sanguínea, o HDL é o veículo  que vai retirar as “sobras” deste colesterol, devolvendo-o para o fígado, onde será metabolizado.
Fica fácil perceber porque as pessoas devem ter seus níveis de HDL acima de 40 mg/dl (sendo que índices acima de 60mg/dl são considerados ideais) para o bom funcionamento do organismo. Se as drogas atualmente disponíveis conseguem reduzir significativamente os níveis de LDL no sangue (que devem estar abaixo de 100 mg/dl) em pacientes de risco estes mesmos medicamentos não conseguem agir de forma expressiva no aumento do HDL. Estudos demonstram que a despeito dos níveis de LDL estarem baixos, o HDL abaixo de 40 mg/dl quadruplica o risco das doenças coronarianas.
Portanto, espera-se para breve o lançamento no Brasil de um medicamento à base de niacina que pode aumentar o HDL em níveis até agora não obtidos com nenhuma substância. “A notícia da chegada dessa nova formulação de niacina ao mercado brasileiro, divulgada durante o evento em Creta, foi muito bem recebida, já que a niacina representa uma arma a mais para os cardiologistas e endocrinologistas tratarem seus pacientes”, afirma o dr. Raul.
Mudanças no estilo de vida também podem ajudar na prevenção da aterosclerose. Evitar o consumo de gorduras e praticar exercícios diariamente ajudam a manter os níveis de colesterol sob controle.
Há muito a ser feito em termos de conscientização. Uma pesquisa que acaba de ser anunciada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia revela que cerca de 78% dos entrevistados sabem o que significa o colesterol, mas 61% nunca realizaram exames para identificar seus níveis. Das pessoas que sabem que têm colesterol elevado, 86% não fazem qualquer tipo de tratamento e a grande maioria é sedentária.

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