Casa da Xilogravura completa 20 anos de Arte e História

Localizada na região em que nasceu a cidade de Campos do Jordão, a casa da Xilogravura está completando 20 anos de história desta rica cultura na cidade. É o único museu do Brasil especializado em Xilogravuras, com um diversificado acervo de obras de artistas brasileiros e internacionais.

por: Redação ( 17 anos atrás - sábado dia 21 de abril de 2007 ) - Atualizado: 21/04/2007 17:46
Tempo de Leitura: 3 minutos

Casa da XilogravuraLocalizada na região em que nasceu a cidade de Campos do Jordão, a Casa da Xilogravura está completando 20 anos de história desta rica cultura na cidade. É o único museu do Brasil especializado em Xilogravuras, com um diversificado acervo de obras de artistas brasileiros e internacionais.

Em comemoração aos seus 20 anos, a Casa receberá uma nova área, em que outras artes plásticas ganharão espaço para exposição. Serão ministradas também em decorrência da celebração de aniversário, aulas desta milenar técnica de comunicação que surgiu na China.

Para quem ainda não teve a oportunidade de conhecer, a xilogravura é uma gravura feita por meio de impressão sobre o papel de uma matriz entalhada em madeira.

Fundada em 1987 pelo professor e escritor Antonio F. Costella, o local expõem seu acervo particular, com mais de duas mil obras de cerca de 300 xilógrafos. Segundo Costella, que também cria em Xilo, a necessidade de expor as obras de arte foi ficando tão forte, que com o tempo ele foi forçado a deixar a casa onde morava, para abrigar somente o museu, local onde também funciona a Editora Mantiqueira.

Antonio CostellaCom 29 livros publicados, Antonio Costella lecionou nas Faculdades de Comunicação e Arte (ECA) e na Faculdade de Direito da USP, entre outras instituições, inclusive na Europa. Em meio a suas publicações existem livros técnicos de Comunicação e Artes, além de contos de ficção como o campeão de vendas “Patas na Europa”.

Uma agradável constatação surpreende, ao ver que em uma segunda pela manhã já exista várias assinaturas no livro de presença do museu. A Casa recebe cerca de 500 visitantes por mês, chega a 800, afirma Costella.

Logo na entrada do museu, um grande tronco de árvore dá boas vindas aos visitantes. Uma peça que se estima ter nascido por volta de 1660. Através de seus desenhos circulares deixados pelo tempo é possível demarcar acontecimentos históricos

Algumas placas colocadas sobre o tronco fatiado – que seria usado como mesa não fosse a intervenção do escritor – apontam o ano de 1698, ano em que Antonio Dias, Bandeirante de Taubaté passou por Campos do Jordão, descobrindo Ouro Preto em Minas Gerais. O enforcamento de Tiradentes, A Independência do Brasil, o Nascimento de Campos do Jordão e o ano em que o homem pisou na Lua também estão registrados na madeira.

Os pioneiros da Xilogravura do Brasil estão expostos no local. Obras de Oswaldo Goeldi, Lasan Segall e Danúbio Gonçalves misturam-se muitas outras de todo o mundo, cada uma com sua história. Conta o fundador do museu, exemplificando um curioso episódio em que conheceu um chinês, com quem teve de se comunicar através de gestos e desenhos, e que resultou em uma exposição de vários artistas orientais em seu museu.

Nos jardim da Casa da Xilogravura existe um pequeno monumento que marca o local onde está enterrado Chiquinho, um cão que participou da trajetória do museu e que inspirou o logotipo da Editora Mantiqueira.

Chiquinho foi um cãozinho que nasceu na vizinhança e foi adotado por Costella. Doente, o animal somente se alimentava na presença do seu amado dono e poderia morrer caso fossem separados, mas Costella precisava fazer uma viagem, onde apresentaria um trabalho em Portugal. Depois de muitainsistência do professor, o cão conseguiu autorização para ir junto em uma longa viajemàEuropa. Inclusive a passagem de avião e a autorização do vôo estão expostas no museu.

Uma séria de livros “narrados” por Chiquinho foram publicados, inclusive Patas na Europa. O que resultou na criação da Editora Mantiqueira. Por disposição do fundador, os imóveis e o acervo do Museu serão legados “post mortem” a Universidade de São Paulo. Uma cláusula afirma que a USP perderá o direito da doação feita por testamento, caso o túmulo de Chiquinho seja retirado do local.

Estas são somente algumas das histórias que demonstram a riqueza que a Casa da Xilogravura reserva. Sem dúvida uma ótima opção cultural aos amantes das artes e aos que procuram diferentes fontes de inspiração.

A Casa da Xilogravura está aberta ao público de quinta a segunda-feira, das 9 às 12 e das 14 às 17 horas. Fechando somente as terças e quartas.

Av. Eduardo Moreira da Cruz 295, junto à Praça N. Sra. da Saúde – Vila Jaguaribe.

Mais informações (12) 3662-1832

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