O turismo no litoral paulista enfrenta um cenário desafiador neste início de 2025. Um surto de doenças gastrointestinais e a escassez de água potável estão impactando severamente a região, tradicionalmente movimentada durante as férias de janeiro. As cidades de Santos, Praia Grande e Guarujá têm registrado um aumento significativo nos casos de vômito, dor abdominal e diarreia, levando a superlotação de Unidades de Pronto-Atendimento (PA) e à falta de medicamentos em farmácias locais.
Cancelamentos e Prejuízos no Turismo
A situação tem gerado apreensão no setor turístico, um dos pilares da economia local. Empresários relatam cancelamentos de reservas em hotéis e locações residenciais para temporada. De acordo com Édson Pinto, presidente da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo (Fhoresp), a crise já afeta 52 setores da economia regional.
“Os empresários do Turismo fazem investimentos em equipamentos, contratação de mão-de-obra extra e compram estoques maiores, pois, em regra, vão ter maior demanda nesta época do ano. Agora, o momento é de grande apreensão. Já temos relatos de cancelamentos de reservas, e não somente nos hotéis, mas, também, de locações residenciais de temporada”, afirmou.
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A situação, segundo Pinto, pode levar ao desemprego em setores como hotéis, bares e restaurantes, caso a crise persista.
Falta de Água Agrava o Problema
No litoral norte, outro problema agrava o cenário. A escassez de água potável tem dificultado a permanência dos turistas e comprometido o funcionamento do trade turístico. A falta de abastecimento afeta diretamente as operações de hotéis, bares, restaurantes e outros serviços essenciais para o setor.
Em ofício ao governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a Fhoresp solicitou medidas urgentes para lidar com os problemas. A federação destacou que a crise pode comprometer toda a temporada de verão, período crucial para o faturamento do setor.
Unidades de Saúde Superlotadas
Com o aumento de casos de doenças gastrointestinais, as Unidades de Pronto-Atendimento estão lotadas, dificultando o atendimento à população local e aos turistas. Farmácias também registraram escassez de remédios para tratar os sintomas, agravando ainda mais a situação.
Impactos Econômicos
A Baixada Santista, que tradicionalmente atrai milhares de turistas durante o verão, enfrenta um impacto econômico significativo. A queda no fluxo de visitantes afeta diretamente o consumo local e a receita de estabelecimentos comerciais.
“Sem água potável e com esse surto de doenças, o turismo, que é o motor da economia regional, sofre um abalo severo. Isso reflete em toda a cadeia produtiva, causando prejuízos que podem levar meses para serem revertidos”, destacou Édson Pinto.
Medidas e Orientações
Autoridades locais e estaduais estão sendo pressionadas para agir rapidamente e controlar a situação. Medidas como a ampliação do abastecimento de água e ações de saúde pública para conter o surto de doenças estão entre as prioridades.
Enquanto isso, turistas e moradores são orientados a:
- Consumir apenas água potável e alimentos de procedência segura;
- Evitar consumir alimentos crus ou mal armazenados;
- Procurar atendimento médico ao apresentar sintomas como vômito e diarreia.
Perspectivas para a Temporada
A crise no litoral paulista evidencia a necessidade de planejamento e infraestrutura para atender a alta demanda turística. Com investimentos adequados, o setor poderá se recuperar e retomar seu papel estratégico na economia do Estado. No entanto, enquanto isso não ocorre, o clima de incerteza segue impactando moradores, empresários e turistas.