
O mais recente Boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz nesta quinta-feira (6), mostra a continuidade do aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocados pelo vírus influenza A em São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. O relatório também aponta um início de crescimento no número de registros na Bahia, indicando um cenário de atenção ampliada no país.
O levantamento se refere à semana epidemiológica 44, entre 26 de outubro e 1º de novembro, e faz parte do sistema nacional de vigilância do SUS, que acompanha semanalmente a evolução dos casos graves de infecções respiratórias em todo o território brasileiro.
Vírus em circulação e estados em alerta
Além da influenza A, o boletim aponta uma tendência de crescimento da covid-19 nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, embora os níveis de incidência ainda sejam considerados baixos. No estado de Sergipe, o estudo detectou um aumento atípico de casos de SRAG causados pelo vírus sincicial respiratório (VSR), especialmente em crianças pequenas.
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Três estados aparecem em nível de alerta ou alto risco para SRAG com tendência de crescimento: Mato Grosso do Sul, Paraíba e Tocantins.
Em Mato Grosso do Sul e na Paraíba, o aumento ocorre principalmente entre crianças pequenas, impulsionado pela circulação do rinovírus. Já no Tocantins, o avanço é mais perceptível entre pessoas acima dos 50 anos, com predomínio da influenza A.
Entre as capitais, Florianópolis (SC), João Pessoa (PB) e Palmas (TO) também registraram elevação nos casos e estão sob monitoramento especial.
Dados epidemiológicos
De janeiro até o início de novembro de 2025, o Brasil contabilizou 204.086 casos de SRAG, sendo:
- 52,6% com resultado positivo para algum vírus respiratório;
- 36,4% negativos;
- 4,5% ainda aguardando resultado laboratorial.
Entre os casos positivos, os principais agentes identificados foram:
- Influenza A – 23,2%;
- Influenza B – 1,2%;
- Vírus sincicial respiratório (VSR) – 40,1%;
- Rinovírus – 28,2%;
- Sars-CoV-2 (Covid-19) – 8,2%.
O boletim também registra 12.151 mortes por SRAG em 2025, sendo 49,4% atribuídas à influenza A e 23,4% à covid-19.
Vacinação e medidas preventivas
Diante do aumento de casos e da aproximação do período de maior circulação viral, a Fiocruz reforça a importância de manter o calendário vacinal atualizado contra gripe e covid-19, sobretudo entre idosos, crianças pequenas, pessoas com comorbidades e profissionais da saúde.
A cobertura vacinal contra a gripe segue abaixo do ideal: a média nacional é de 41% entre os grupos prioritários, bem distante da meta de 90% recomendada pelo Ministério da Saúde.
Com a chegada do fim de ano, período marcado por maior circulação de pessoas e aumento das infecções respiratórias, a Fiocruz orienta a população a manter os cuidados básicos de prevenção:
- manter ambientes bem ventilados;
- lavar as mãos com frequência;
- cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar;
- usar máscara em caso de sintomas gripais;
- evitar contato próximo com pessoas vulneráveis.
Segundo a instituição, essas medidas, aliadas à vacinação, ajudam a reduzir o risco de agravamentos e internações, especialmente durante o período de maior circulação de vírus respiratórios no país.
As informações são da Fiocruz.





















