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Casos de síndrome respiratória grave avançam no Sudeste e acendem alerta em novos estados

Diante do aumento de casos e da aproximação do período de maior circulação viral, a Fiocruz reforça a importância de manter o calendário vacinal atualizado contra gripe e covid-19

por: Redação ( 5 dias atrás ) - Atualizado: 11/11/2025 07:08

O mais recente Boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz nesta quinta-feira (6), mostra a continuidade do aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocados pelo vírus influenza A em São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. O relatório também aponta um início de crescimento no número de registros na Bahia, indicando um cenário de atenção ampliada no país.

O levantamento se refere à semana epidemiológica 44, entre 26 de outubro e 1º de novembro, e faz parte do sistema nacional de vigilância do SUS, que acompanha semanalmente a evolução dos casos graves de infecções respiratórias em todo o território brasileiro.

Vírus em circulação e estados em alerta

Além da influenza A, o boletim aponta uma tendência de crescimento da covid-19 nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, embora os níveis de incidência ainda sejam considerados baixos. No estado de Sergipe, o estudo detectou um aumento atípico de casos de SRAG causados pelo vírus sincicial respiratório (VSR), especialmente em crianças pequenas.

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Três estados aparecem em nível de alerta ou alto risco para SRAG com tendência de crescimento: Mato Grosso do Sul, Paraíba e Tocantins.
Em Mato Grosso do Sul e na Paraíba, o aumento ocorre principalmente entre crianças pequenas, impulsionado pela circulação do rinovírus. Já no Tocantins, o avanço é mais perceptível entre pessoas acima dos 50 anos, com predomínio da influenza A.

Entre as capitais, Florianópolis (SC), João Pessoa (PB) e Palmas (TO) também registraram elevação nos casos e estão sob monitoramento especial.

Dados epidemiológicos

De janeiro até o início de novembro de 2025, o Brasil contabilizou 204.086 casos de SRAG, sendo:

  • 52,6% com resultado positivo para algum vírus respiratório;
  • 36,4% negativos;
  • 4,5% ainda aguardando resultado laboratorial.

Entre os casos positivos, os principais agentes identificados foram:

  • Influenza A – 23,2%;
  • Influenza B – 1,2%;
  • Vírus sincicial respiratório (VSR) – 40,1%;
  • Rinovírus – 28,2%;
  • Sars-CoV-2 (Covid-19) – 8,2%.

O boletim também registra 12.151 mortes por SRAG em 2025, sendo 49,4% atribuídas à influenza A e 23,4% à covid-19.

Vacinação e medidas preventivas

Diante do aumento de casos e da aproximação do período de maior circulação viral, a Fiocruz reforça a importância de manter o calendário vacinal atualizado contra gripe e covid-19, sobretudo entre idosos, crianças pequenas, pessoas com comorbidades e profissionais da saúde.

A cobertura vacinal contra a gripe segue abaixo do ideal: a média nacional é de 41% entre os grupos prioritários, bem distante da meta de 90% recomendada pelo Ministério da Saúde.

Com a chegada do fim de ano, período marcado por maior circulação de pessoas e aumento das infecções respiratórias, a Fiocruz orienta a população a manter os cuidados básicos de prevenção:

  • manter ambientes bem ventilados;
  • lavar as mãos com frequência;
  • cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar;
  • usar máscara em caso de sintomas gripais;
  • evitar contato próximo com pessoas vulneráveis.

Segundo a instituição, essas medidas, aliadas à vacinação, ajudam a reduzir o risco de agravamentos e internações, especialmente durante o período de maior circulação de vírus respiratórios no país.

As informações são da Fiocruz.