
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou, que a bandeira tarifária será vermelha, patamar 2, no mês de outubro. Isso significa que os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) terão um acréscimo significativo na conta de luz a partir de 1º de outubro.
Esta é a primeira vez, desde agosto de 2021, que a bandeira mais cara do sistema criado pela ANEEL é acionada.
Motivo do Aumento na Conta de Luz
Com a bandeira tarifária vermelha no patamar 2, será cobrado um adicional de R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Segundo a ANEEL, dois fatores principais determinaram o acionamento da bandeira:
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- Risco Hidrológico (GSF): A previsão de baixa afluência para os reservatórios das hidrelétricas, ou seja, a expectativa de pouca chuva, afetou negativamente as condições de geração de energia.
- Aumento no Preço de Liquidação de Diferenças (PLD): A elevação do preço no mercado de energia elétrica em outubro também foi decisiva para o acionamento da bandeira vermelha patamar 2.
Energia Elétrica Impacta a Inflação
A alta nos preços da energia elétrica residencial já refletiu no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação. Em setembro, o IPCA-15 registrou uma alta de 0,13%, sendo que a energia elétrica foi o principal fator responsável, com um aumento significativo de 0,84% nos preços, após ter registrado uma queda de 0,42% no mês anterior. Esse aumento é um dos reflexos das condições desfavoráveis para a geração de energia.
Histórico das Bandeiras Tarifárias
Desde abril de 2022, os consumidores estavam usufruindo de uma sequência de bandeiras verdes, indicando condições favoráveis e sem custos adicionais na conta de luz. No entanto, essa sequência foi interrompida em julho de 2024, com a bandeira amarela, seguida pela bandeira verde em agosto e pela vermelha, patamar 1, em setembro.
Entenda o Sistema de Bandeiras Tarifárias
Criado pela ANEEL em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias visa informar os consumidores sobre os custos de geração de energia elétrica no Brasil. Ele reflete o custo variável da produção de energia, levando em consideração fatores como a disponibilidade de recursos hídricos e o acionamento de fontes de geração mais caras, como as termelétricas.
Custos das Bandeiras Tarifárias:
- Bandeira verde: Sem custo adicional (condições favoráveis para geração de energia);
- Bandeira amarela: R$ 18,85 por MWh, ou R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos;
- Bandeira vermelha patamar 1: R$ 44,63 por MWh, ou R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos;
- Bandeira vermelha patamar 2: R$ 78,77 por MWh, ou R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos (condições muito desfavoráveis).
O impacto será sentido diretamente na fatura de energia de outubro, e o aumento visa cobrir os custos extras da geração em um cenário de baixa disponibilidade hídrica e aumento dos preços no mercado de energia.